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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Após Grêmio, grupo de investidores consegue bloquear contas do Atlético na Justiça

A venda de Lucas Pratto para o São Paulo segue rendendo dor de cabeça para o Atlético. Depois do Grêmio, a empresa WRV Empreendimentos e Participações LTDA conseguiu bloquear as contas do clube para o pagamento de dívida referente ao empréstimo feito no fim da década de 1990 para a contratação do atacante Guilherme e a renovação do contrato do zagueiro Cláudio Caçapa. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira pelo juiz Marco Aurélio Albuquerque, da 24ª Vara Cível de Belo Horizonte.

Na decisão, o juiz pede para que o São Paulo não faça o depósito ao Atlético, mas para uma conta judicial até a decisão final do processo. Nessa quarta-feira, o Grêmio obteve uma vitória idêntica na Justiça de Porto Alegre para o pagamento da dívida pela venda do goleiro Victor, em junho de 2012.

Na época, sob a administração de Nélio Brant, o Atlético recorreu a empresários ligados ao grupo mineiro para conseguir o empréstimo de R$ 7 milhões. Para obter o dinheiro, o clube ofereceu os direitos econômicos de Guilherme e Cláudio Caçapa como garantia na negociação.

Em 2006, a dívida estava em R$ 17 milhões, mas o Conselho Deliberativo do Atlético recorreu e obteve uma liminar na Justiça que o desobrigava a pagar. Mas em 2008, a empresa conseguiu derrubar o veto e passou a cobrar R$ 21 milhões. O então presidente Ziza Valadares reconheceu a dívida e chegou a renegociar o débito, mas os pagamentos foram interrompidos.

Na ação de agora, os empresários pedem o pagamento imediato de R$ 65 milhões. O Atlético ofereceu como garantia o Shopping Diamond Mall, mas o juiz entendeu que a penhora teria que ser em dinheiro e não em um imóvel.

Lado do Atlético

O Atlético informa que há um processo tramitando no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre o caso. O clube também se mostrou surpreso com o pedido de bloqueio de contas por um “juiz de direito de primeiro grau” e avisou que entrará com uma liminar para cassar a decisão.

“Sobre a causa da WRV, que tem origem no final da década de 90, o Atlético informa que há um recurso, já admitido, no STJ em Brasília, que em caso de acolhimento fará a anulação total do crédito que a empresa em questão cobra. Por sua vez, mesmo em se tratando de uma execução ainda provisória - depende de julgamento final do STJ - ainda assim a WRV pediu bloqueio das contas do clube, o que causou estranheza com acolhimento de juiz de direito de primeiro grau, conforme decisão divulgada pela mídia. Para preservar os seus direitos o Atlético usará os dispositivos legais cabíveis, usando inclusive, pedido de liminar para a cassação da ordem judicial”, informou o Atlético em nota.