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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Caso Victor: Grêmio aciona CBF para tentar proibir Atlético de fazer novas contratações



O Grêmio não ficou só na promessa. Após conseguir na Justiça bloquear parte da venda de Lucas Pratto ao São Paulo e penhorar as constas do Atlético por causa da dívida pela compra do goleiro Victor, em 2012, o clube gaúcho protocolou pedido na CBF comunicando o débito à entidade máxima do futebol brasileiro.

Na solicitação, o Grêmio pede que o Atlético seja julgado por descumprir um artigo do Regulamento Nacional de Registros e Transferência de Atletas de Futebol (RNRTAF). Caso a CBF acate o pedido dos gaúchos, o clube alvinegro pode levar punição que vai desde uma advertência até a proibição de contratar novos jogadores por até dois anos.

O caso irá para a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que vai analisar a situação. Se o pedido do Grêmio for aceito, o Atlético será intimado a se pronunciar em até 10 dias a partir da notificação.

O Tricolor Gaúcho argumenta que a dívida do Atlético por Victor causa um desequilíbrio técnico no Brasileirão, pois o clube alvinegro está há quase cinco anos sem pagar pelo jogador, que ajudou o time a conquistar títulos.

Na semana passada, o juiz Mauro Caum Gonçalves, da 17ª Vara Cível de Porto Alegre, determinou que o São Paulo deveria depositar R$ 10.508.626,19 (valor corrigido por juros) pela compra de Lucas Pratto em uma conta a ser informada pelo Grêmio. O Atlético negociou 50% dos direitos econômicos do argentino por 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 20,4 milhões).

Desde o ano passado, Atlético e Grêmio discutem na Justiça o real valor devido pela transferência de Victor. Na época, ficou acertado que o Galo pagaria 3 milhões de euros em dois pagamentos, além de ceder 50% dos direitos econômicos do zagueiro Werley, atualmente no Coritiba.

Mas o Atlético depositou somente a primeira parcela e, desde então, não pagou a segunda, alegando que o Grêmio emprestou Werley ao Santos, em 2015, sem repassar parte do valor ao Galo. Já o clube gaúcho se defende dizendo que cedeu o atleta de graça e que, por isso, não tem o que pagar. A equipe mineira declara ainda que, por ter 50% dos direitos econômicos do defensor, teria que ser consultado pelo Tricolor antes da realização do empréstimo.