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terça-feira, 26 de setembro de 2017

"Era Gilvan" se aproxima do fim, e título da Copa BR pode salvar triênio no Cruzeiro


A "Era Gilvan" no Cruzeiro está chegando ao fim. E, com ela, títulos brasileiros, acertos, erros e frustrações. Depois do primeiro mandato recheado de conquistas, no segundo triênio os trilhos saíram do lugar. Porém, o troféu da Copa do Brasil pode mudar este panorama e salvar o fim da passagem do presidente Gilvan de Pinho Tavares no clube. A decisão do torneio com o Flamengo será nesta quarta-feira, no Mineirão, cinco dias antes da eleição para o novo mandatário do clube, que dará início aos trabalhos em janeiro de 2018. Wagner Pires de Sá, candidato da situação, enfrentará Sérgio Santos Rodrigues, da oposição e apoiado pelo ex-presidente Zezé Perrella.


Aos 70 anos, Gilvan assumiu o cargo maior do Cruzeiro após 56 anos de dedicação ao clube: primeiro como atleta - atuou nas categorias de base - e depois na administração, como responsável pelo setor jurídico e vice-presidente do clube. Foi eleito em outubro de 2011, com 391 votos contra 48 do candidato da oposição, o radialista Alberto Rodrigues. O atual mandatário substituiu Zezé Perrella, que deixou o clube, à época, para se dedicar à carreira política.
  • O COMEÇO

Em 2012, primeiro ano de Gilvan como presidente, foi um período de reformulação. O Cruzeiro havia acabado de sair de uma temporada na qual quase caiu para a Série B. Jogadores experientes foram contratados, como o lateral-direito Ceará (hoje no América-MG), o atacante Borges (sem clube) e o volante Tinga (agora gerente de futebol do clube). Sob o comando de Vagner Mancini, deixou o Campeonato Mineiro para o América-MG, nas semifinais, e foi eliminado pelo Atlético-PR da Copa do Brasil, nas oitavas. No Brasileiro, Celso Roth assumiu o time e fez uma campanha modesta: nono lugar, com 52 pontos.


O ano de 2013 chegou junto com uma decisão importante: a venda ou não de Montillo, que era o craque da equipe. Em janeiro, o Cruzeiro anunciou o acerto com o Santos. O argentino foi para o clube praiano, por € 6 milhões (cerca de R$ 16,2 milhões), e o volante Henrique, hoje peça fundamental, retornou à Raposa. A notícia não foi muito bem vista, a princípio, pelos cruzeirenses. Mas há males que vêm para o bem: com o dinheiro, Gilvan e o diretor de futebol Alexandre Mattos montaram um time jovem, com boas peças, que engrenou rapidamente nas mãos do técnico Marcelo Oliveira. Perdeu a final do Mineiro para o Atlético-MG e foi eliminado para o Flamengo nas oitavas da Copa do Brasil, porém, conquistou o Brasileiro, o que não acontecia há 10 anos.


Em 2014, o grupo de jogadores foi mantido. O Cruzeiro conquistou o Campeonato Mineiro em cima do rival Atlético-MG, foi eliminado na Libertadores pelo San Lorenzo-ARG e levantou o troféu do Brasileiro, mais uma vez, tornando-se o maior vencedor dos pontos corridos, ao lado de São Paulo e Corinthians. No meio desse percurso, poderia ter levado a Tríplice Coroa, mas foi batido pelo Galo na final da Copa do Brasil.
  • COPA DO BRASIL: A SALVAÇÃO

Depois do primeiro mandato com dois títulos do Brasileiro, o segundo triênio de Gilvan não começou bem. Em 2015, o técnico Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro com o clube, não resistiu à eliminação na Libertadores para o River Plate-ARG, em casa. Depois, Vanderlei Luxemburgo assumiu o time e, após 19 jogos (dez derrotas, três empates e seis vitórias) e uma eliminação na Copa do Brasil, diante do Palmeiras, foi demitido. A partir daí, Bruno Vicintin, que era superintendente das categorias de base, assumiu a vice-presidência de futebol e foi o responsável pela contratação do técnico Mano Menezes. A Raposa se livrou do rebaixamento e teve um returno com bom rendimento - oito vitórias, seis empates e apenas uma derrota.


Em 2016, no entanto, Mano Menezes preferiu deixar o Cruzeiro após proposta tentadora do Shandong Luneng, da China. Sem dinheiro, a diretoria celeste teve sucessivas tentativas frustradas no mercado, tanto de contratações de treinadores, quanto de jogadores. Deivid assumiu o comando do time. Depois, o português Paulo Bento. Ambos sem sucesso. Então, o retorno de Mano foi alternativa mais viável e acertada do ano. O treinador livrou a equipe, novamente, da queda à Série B do Brasileiro e garantiu que ficaria no clube em 2017.


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