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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

ADILSON ACIONA O ATLÉTICO NA JUSTIÇA



O ex-volante Adilson entrou na Justiça contra o Atlético cobrando R$ 11.648.906,64. Na ação, impetrada no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região nessa segunda-feira (27), a defesa do ex-atleta pede a rescisão indireta do contrato de trabalho alegando que o clube alvinegro não efetuou o pagamento de salários, férias, 13º, FGTS, vencimentos que teria a receber até o fim do contrato (dezembro de 2020), "direito de imagem", danos morais e lucros cessantes por acidente do trabalho.

De acordo com a defesa de Adilson, depois que o jogador se aposentou dos gramados – em julho ele anunciou o fim da carreira após ser diagnosticado com cardiomiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca que pode levar à morte súbita – o Atlético deixou de pagar os salários (na carteira e o “direito de imagem”). O atraso se refere aos últimos seis meses, que compreendem julho de 2019 a dezembro de 2019. O clube alvinegro também não teria depositado o FGTS do período.

Após Adilson se aposentar, o Atlético conduziu o ex-volante ao cargo de auxiliar técnico, função que exerceu de julho a dezembro de 2019. No entanto, após a contratação do técnico Rafael Dudamel, que exigiu que viessem outros profissionais com ele, a diretoria alvinegra pediu para que Adilson não se apresentasse no dia 8 de janeiro na Cidade do Galo até que a situação dele fosse resolvida. 

A defesa de Adilson questionou a decisão do Atlético de afastá-lo da comissão técnica alegando que o ex-jogador saiu “de forma vexatória e humilhante”. “Além disso, sem qualquer esclarecimento ou comunicado oficial, no início deste mês de janeiro/2020, mais uma vez em total afronta ao compromisso expressamente assumido, de forma vexatória e humilhante o Reclamante foi informado que este não deveria mais comparecer ao clube porque não fazia parte dos planos da nova comissão técnica contratada.”

Além disso, Adilson alega que o Atlético pagou boa parte do salário do jogador “por fora”, em uma tentativa de burlar a lei trabalhista. Desta forma, a defesa do atleta acusa o clube de não depositar 13º, férias e FGTS sob o “direito de imagem” desde quando o volante foi contratado, em março de 2017.

Confira os valores detalhados pedidos por Adilson:

R$ 2.100.000,00 – salários de julho a dezembro de 2019

R$ 100.800,00 – FGTS julho a dezembro de 2019

R$ 210.000,00 – 13º salário de 2019

R$ 280.000,00 – 1/3 de Férias (2018/2019)

R$ 4.548.000,00 – salários a serem pagos até o fim do contrato, em dezembro de 2020

R$ 376.106,66 – FGTS em cima do “direito de imagem” não depositado de março de 2017 a dezembro de 2019

R$ 93.333,33 – 13º salário de 2017 referente ao “direito de imagem”

R$ 149.333,33 – Férias (março de 2017 a março de 2018 sob o “direito de imagem”) 

R$ 128.000,00 – 13º salário de 2018 sob o “direito de imagem”

R$ 186.666,66 – Férias 2018/2019 sob o “direito de imagem”

R$ 140.000,00 – 13º salário de 2019 sob o “direito de imagem”

R$ 186.666,66 – Férias 2019/2020 sob o “direito de imagem”

R$ 2.800.000,00 – Indenização por lucros cessantes

R$ 350.000,00 – Indenização por dano moral

TOTAL: R$ 11.648.906,64