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quarta-feira, 8 de abril de 2020

SUPERINTENDENTES DO CRUZEIRO VÊ CLUBES CREDORES NA FIFA CHATEADOS COM O CLUBE


O Núcleo Dirigente Transitório segue tentando resolver os problemas no Cruzeiro deixados por outras gestões. E as dívidas com clubes na Fifa é um dos principais empecilhos enfrentados pelo grupo de empresários. 

Em entrevista à Itatiaia, o superintendente jurídico da Raposa, Kris Brettas, comentou sobre a tentativa de se fazer um condomínio de credores e revelou que as equipes que estão cobrando do time celeste estão "chateadas", mas que tentará reverter a "situação difícil". Ouça acima a entrevista completa.

“Eu diria que isso é muito sério, porque não depende só do Cruzeiro, depende do ‘aceite’ dos outros clubes, que estão bastante chateados com o Cruzeiro neste momento porque em vários casos o Cruzeiro recebeu o jogador, vendeu e não pagou aquela equipe de quem ele comprou. É uma situação difícil, mas estamos trabalhando todos os dias para tentar evitar qualquer tipo de punição”, ressaltou.

De acordo com Kris Brettas, até momento dois clubes aceitaram a proposta do Cruzeiro de condomínio de credores, que consiste em pagar as equipes aos poucos, à medida que o dinheiro for entrando no caixa celeste.

“Fizemos um condomínio de credores e encaminhamos aos clubes. Já fizemos outras propostas que não foram aceitas. Até agora, tivemos respostas do Defensor-URU e do Independiente del Valle-EQU. Eles topariam negociar com a gente”, disse Brettas.

A dívida com o Defensor é em relação à compra do meia Arrascaeta, em 2015. Em agosto do ano passado, a Raposa foi condenada a pagar 1,15 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões na cotação atual) Já o débito com o Del Valle é referente à aquisição do zagueiro Luis Caicedo em que os equatorianos cobram cerca de R$ 8 milhões.

No entanto, outras duas situações preocupam o Cruzeiro: as dívidas pelo empréstimo do volante Denilson em 2016 junto ao Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, que cobra cerca de R$ 4,2 milhões, e do atacante Willian, em que o Zorya, da Ucrânia, exige o pagamento de aproximadamente R$ 7 milhões pela aquisição do jogador em 2013.

“Em relação ao Al Wahda e ao Zorya, eu diria que são os mais sérios no momento. Não há mais nenhum recurso nesses casos, os processos terminaram no ano passado. O que chega ao Cruzeiro é uma ordem de pagamento. Não temos como recorrer ao CAS, que é a Câmara de Arbitragem na Suíça. Então, o que nos resta é negociar com os clubes”, explicou Kris Brettas.

O superintendente jurídico do Cruzeiro afirmou que o condomínio de credores é uma das tentativas de negociar com os clubes. “A primeira tentativa é o condomínio de credores, mas também trabalhamos com outros cenários para tentar solucionar isso e evitar a punição desportiva”, finalizou.